quarta-feira, 19 de agosto de 2009

devaneio.


Ele a olhava com uma curiosidade intensa, seus olhos analisavam os dela como se fossem (ou quisessem ser) capazes de entendê-la, de conhecer seus mais íntimos pensamentos só observando profundamente seu olhar.
Ele não dizia nada, não sei ao certo se era medo ou se as palavras lhe tinham escapado como as dela fizeram. A mente dela estava agitada, quase tão eufórica quanto seu coração, o que a fez corar, ao ter a impressão de que seus batimentos podiam ser medidos em qualquer parte do seu corpo, tamanha era a ferocidade do correr do sangue em suas veias.
Ela pulsava.
Ela não imaginou que tudo que necessitava era aquele silêncio acompanhado, com toda aquela paz do balançar lento de uma rede, numa varanda, num belo fim de tarde...


2 comentários:

  1. Uma coisa é certa: nunca se tá atarefado demais a ponto de não poder devanear num devaneio alheio.

    =***

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